segunda-feira, 28 de março de 2011

COACHING É SAÚDE

COACHING É SAÚDE

Em uma matéria publicada na Veja sobre coaching para gestantes (http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2189/coach-gestantes) é possível observar alguns elementos que insere o coaching na área de saúde, neste caso o coaching aplicado à medicina.

O campo de atuação do coaching é vasto, ele inclui os esportes, as organizações corporativas, a arte cênica, a educação e neste momento vem crescendo o coaching pessoal (conhecido também como life) e na área da saúde como descreve a matéria citada acima.

            “O coaching compartilha uma ampla abordagem e tem similaridades com treinamento, ensino, consultoria, aconselhamento profissional, terapia e mentoring. No entanto, há também algumas diferenças fundamentais.” (Lages & O’Connor, 2004)

A vastidão do alcance do coaching pode levantar a seguinte questão: então o coaching é uma "disciplina" que pode ser aplicada a todos os tipos de profissão e interesses? A resposta é sim, quase todas as áreas que lidam com o ser humano podem fazer uma interseção com o coaching. Por isso podemos afirmar que o coaching é uma prática essencialmente interdisciplinar.

Por quê? Porque o objetivo maior do coaching é o desenvolvimento do indivíduo. E partindo deste princípio, basta ser humano e querer melhorar sua performance e desempenho em alguma área de sua vida para poder utilizar o processo de coaching da melhor forma possível.
           
“De um modo geral, o coaching lhe dá a satisfação de ajudar as pessoas de uma maneira notadamente marcante. Também é possível aplicar suas aptidões para orientar a si próprio. Ele é um conjunto de recursos e uma profissão muito valiosa, que se encontra em contínua expansão.” (Lages & O’Connor, 2004)

Existem especializações em tipos de aplicação de coaching?  Teoricamente um coach está apto para fazer coaching em diversas áreas, porém da mesma forma que um médico, psicólogo, dentista escolhem uma especialização isto também ocorre com o coach profissional. A formação, a experiência anterior e atual de cada coach irá diferenciá-lo em diversos nichos de acordo com seu histórico profissional.

O coaching é portanto, uma profissão que está dando seus primeiros passos e assim como uma criança em desenvolvimento vislumbra um futuro a ser explorado pela curiosidade humana.

segunda-feira, 21 de março de 2011

PONTOS PARA REFLEXÃO: CONTINUAÇÃO

Como psicóloga e coach acredito que o processo de coaching e a psicoterapia coexistem como ferramenta de desenvolvimento individual em diversos contextos, ou seja, um não elimina a necessidade do outro, muito pelo contrário eles se complementam. E por isso a afirmação unânime de que coaching não é terapia está corretíssima. Até porque o processo de coaching é realizado em um período de tempo curto e a terapia não leva um tempo tão pequeno para atingir seus objetivos mais globais.
Outro ponto de diferença é o fato das psicoterapias terem um foco maior nas crenças e pensamentos disfuncionais, ou falando psicanaliticamente, no movimento do aparelho psíquico (ID/EGO/SUPEREGO) do que nos objetivos/metas a serem atingidos. O coaching aborda em seu processo mais mudanças comportamentais do que as cognitivas ou emocionais, isto não quer dizer que ele não beire estas questões com suas perguntas poderosas.
De qualquer forma um bom coach deve saber quando a indicação é de psicoterapia e de coaching, ou somente de psicoterapia ou de coaching.
Contudo se formos analisar os objetivos de ambas as disciplinas de maneira analítica, eles tem muito em comum: a meta de desenvolvimento do ser humano (como foi colocado na última postagem). O que isto quer dizer na prática? Isto significa que a técnica ou métodos utilizados são diferentes, porém o alicerce (até mesmo teórico) nem tanto. Podemos observar semelhanças entre a psicologia cognitiva comportamental, psicologia comportamental e do psicodrama por exemplo.
Atualmente, podemos afirmar que o coaching, em alguns casos, adotou métodos como o neurocoaching e o coaching ontológico, onde se percebe influências explícitas destas disciplinas: a neurociência e a filosofia.
Enfim a pergunta para terminar seria: de onde surgiu o coaching afinal? Quais são seus alicerces teóricos? Como esta disciplina foi ou está sendo construída como tal?

terça-feira, 1 de março de 2011

PONTOS PARA REFLEXÃO: COACHING E PSICOLOGIA


Como psicóloga e coach gostaria de iniciar este texto, com uma temática delicada e polêmica no ambiente corporativo e no universo do coaching: a afirmação de que coaching não é terapia. Esta afirmação é quase unânime em livros, cursos, sites e blogs sobre coaching.
Comecemos com algumas definições básicas, porém fundamentais.
Ok, coaching não é terapia. Contudo os objetivos do coaching e das psicoterapias são bastante próximos. Vejamos os objetivos de cada um:
Objetivos do coaching:
  • Promover o auto-desenvolvimento pessoal.
  •  Incentivar a melhora da performance em vários níveis: cognitivo, comportamental e social.
  •  Atuar no aprimoramento dos relacionamentos intra e interpessoal.
  • Gerar insights.
  • Trabalhar a comunicação eficaz.
  •  Utilizar ferramentas customizadas.
  •  Fazer perguntas poderosas.
  •  Apoiar.
Objetivos da psicoterapia:
  •  Gerar mudanças em diferentes níveis: comportamentais, emocionais, sociais e cognitivos.
  •   Melhorar a adaptação do indivíduo no meio em que vive.
  •   Aprimorar os relacionamentos inter e intrapessoais.
  •  Promover o auto-desenvolvimento pessoal.
  •  Auxiliar no processo de insight.
  •  Acolher.
  • Fazer perguntas instigantes.

Silêncio. Ponto para reflexão. Qualquer semelhança será mera coincidência???

(Continua na próxima postagem)